Noesis

O dia de ontem foi um marco histórico para o Brasil. Se contar desde quando comecei a escrever neste blog, lá no período da pandemia em 2020, é a primeira vez que escrevo sobre política com o sentimento de dever cumprido. A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pela 3ª vez presidente do Brasil é um fato histórico. É  algo inenarrável. Hoje, com muito orgulho, discorrerei sobre a vitória da política brasileira e o respiro aliviado da democracia.  Assentado sobre estes 4 anos ou se ampliarmos desde o golpe desferido à Dilma, não foi fácil. Todo o discurso proferido foi de mostrar o retrocesso que esse grupo político trouxe ao país. Foram dias dificéis. Hoje, aliviado venho escrever talvez o primeiro texto propositivo, e com a alma lavada. Sim, Lula é o novo presidente do Brasil. Sofremos muito. Muita mentira. Inúmeras fakenews. Nada adiantou. O povo, aquele que mais sofre, deu o troco. A esperança tomou conta. Lula é sim, o maior lider político da história do Brasil.  Olho p...

 Estamos às portas do 2º turno das eleições no Brasil. Não foi fácil. Não poderia ser. Com essa agenda ultra- direita jamais seria. Mas está chegando ao fim. Aqui, gostaria de resgatar as leitoras e leitores o porque de apoiar incondicionalmente o ex-presidente Lula novamente ao Planalto.  Primeiramente, gostaria de fazer um resgate de como era a política em tempos não tão longínquos mas que aparentam uma eternidade. Nos anos em que o Partido dos Trabalhadores estava no poder, tínhamos uma oposição combativa, mas consciente, que era capitaneada pela social democracia do PSDB. Foram anos bons e sadíos para o espectro político. Eram políticos que respeitavam o processo democrático do Brasil. Isto foi rompido em 2014. A não aceitação da derrota chefiada pelo então senador Aécio Neves foi o príncipio do que vivemos hoje. Se existe alguém responsável é ele. Ao colocar dúvida sobre o processo límpido das eleições, tentando atingir o 2º mandato de Dilma, atirou-se aqui mas ricocheteo...

 Saindo um pouco da política que está cada vez mais nociva nos últimos tempos, retomamos os estudos sobre a filosofia francesa, aqui usando a filósofa e comentadora Margareth Rago que nos traz um resumo sobre a filosofia de Michel Foucault.  Parte-se afirmando que a melhor contribuição do Foucault é a forma de uma introdução à uma vida não fascista. A filosofia, além da teoria, é uma práxis. Sacode as evidências. Torna visível o que realmente está visível. Foucault, ao contrário da tendência da época preocupou-se em fazer a genealogia do homem moderno. Nisto, seu tema central não é o poder em si, mas o sujeito que exerce e é afetado pelo poder. O sujeito não à margem, mas no centro, não sendo o "sujet", o súdito,  mas aquele que concentra a força do desejo, ou seja o poder. Nisto, Foucault afirma que deveria ser produtivo e não repressivo. Se olharmos as cidades e seus arquétipos, percebe-se a carga repressora que carrega em si. A arquitetura urbanística é permeada das re...

 Vendo o o 1º debate para presidente do 2º turno organizado pelo pool de comunicação composto pela Rede Bandeirantes, Tv Cultura, Folha de São Paulo e Uol, algumas coisas me deixaram estarrecido, porém convencido que sempre estive do lado certo da história. Tendo os candidatos Lula e Bolsonaro trazido alguns assessores e mentores mais íntimos de suas campanhas, um por sinal me chamou muito a atenção: Sergio Moro. Sim, como diz Fausto Silva, o Faustão nas videocassetadas, a volta dos que nunca foram. Sobre esse conluio, abordaremos nossa reflexão de hoje. Penso que para se falar de Sergio Moro deve-se agora mais do que nunca, desvincular a alcunha de "heroí" que carrega desde a desalinhada e golpista Lava Jato. Ontem, percebeu-se que tudo o que a tal operação da PF junto com o MP do Paraná alicerçado pelo terrivelmente evangélico Deltan Dallagnol e o juizado capitaneado por Moro queriam era notoriedade política. Nada mais que isso. Tanto que, elegeram-se Moro senador e Dallagn...

 Fazendo uma análise minuciosa nos últimos tempos, e principalmente nos desdobramentos políticos que vivenciamos, cheguei a uma triste constatação da ausência de referencial em várias áreas do cotidiano, principalmente quando se fala em política. Hoje abordaremos a necessidade de se retomar os referenciais para se ter parâmetros meramente aceitáveis nas decisões que se toma. Penso que isso afeta consideravelmente os jovens. Faço o recorte entre os de  20 a 25 anos de idade. Aqueles que pegaram o hiato do analógico para o digital. Não viveram o analógico, que é o meu caso nos 30 anos e nem o digital pleno, como os adolescentes de 15 de hoje. Essa lacuna se tornou nociva ao extremo. Se tivessem vivido o fim dos anos 90 e inicio do novo milênio, saberiam o que era um jornal impresso, uma revista, um livro. Saberiam o que era passar as tardes nas bibliotecas municipais fazendo pesquisas escolares nas enciclopédias. Isso faz ter uma perspectiva diferente sobre as coisas. Faz ter pa...

 Tendo passado o processo das eleições gerais do Brasil de 2022, onde a população foi as urnas para eleger deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente. Mesmo sabendo dos 2º turnos que em alguns lugares teremos, inclusive para presidente, é interessante tecer algumas considerações sobre este turno e os desdobramentos que teremos para o 2º turno marcado para o dia 30 de Outubro.  Uso no título uma analogia do jornalista Octávio Guedes sobre as apurações dos votos. Dizia ele, parafraseando o título do livro de Zuenir Ventura " 1968: O Ano Que Não Terminou" que tratava sobre o ano de 1968 no Brasil e no mundo, usando a expressão " 2018: A eleição que não acabou". E  a sensação é esta mesma.  Mesmo com tudo que foi expressado pelo bolsonarismo e pelo prórpio Bolsonaro nestes últimos 4 anos, ainda assim, em torno de 50 milhões de brasileiros legitimam e referendam a continuidade desta atrocidade. Entristece cada vez mais algumas caras elegendo-se s...