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Mostrando postagens de abril, 2023

Amar também é deixar ir

 Me propus nos últimos tempos voltar a escrever sobre filosofia, psicanálise e coisas do cotidiano vivencial de cada um. Refletindo situações que se vivencia no âmago humano. Hoje abordaremos sobre os limites do amor, entre o estar conosco e deixar que vá. O amor é uma disposição humana de doação de si para o outro. Amar é estar em sintonia, em ordem com o outro. Com o tempo o amor resignifica na vida pelo companheirismo, pelo estar junto, preocupar-se com o outro. Viver com alguém ao lado é importante, para poder contar o que sente, os medos, as angustias. É literalmente caminhar junto. Estar conosco é algo primoroso de qualquer relacionamento. A psicanálise explica que criamos certa dependência emocional daquele que está ao nosso lado. O problema se coloca em quanto alimentamos tal dependência. Em casos extremos, perde-se a própria essência em função do outro. Isso é doentio, é patológico. Aqui se vive a máxima: "É viver com o outro, não para o outro." Com o passar da vida ...

A intoxicação coletiva

 Na esteira dos últimos escritos que conciliam filosofia e psicanálise, hoje falaremos sobre a sociedade pós-moderna que vivemos, extremamente doentia que realmente, como o título salienta, nos intoxica, nos sufoca.  A palavra intoxicação nos remete a um corpo estranho, na maioria das vezes, químico que provoca alterações em nosso corpo biológico. Aqui, arrastando para a psiquiatria, e mais profundamente à psicanálise, são situações que o indivíduo é afetado indiscriminadamente e em todo o tempo, fazendo realmente uma espécie de fumaça que o sufoca, que o intoxica. Em nosso tempo, já não é algo propriamente do indivíduo, mas que extrapola para o coletivo. A abordagem não é personalista, mas social. São intoxicações que afetam a estrutura coletiva da sociedade. Mas como sempre digo, é método. Tem motivação determinada.  O produto final dessa intoxicação são as neuroses que se transformam nas barbáries. Vê-se repetir tanto que sutilmente estão se tornando banais. Diria a fi...