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Mostrando postagens de novembro, 2020

Pra que tanto ódio?

Nos últimos tempos, venho percebendo o quão doentia e odiosa a sociedade vem ficando.O que me deixou mais uma vez preocupado com o caminho que trilha o ser humano é o ódio que domina seu discurso. Me fiz a pergunta: Por que, para que e por quem tanto ódio? Vamos analisar alguns aspectos e tentar entender essa negatividade entremeada na sociedade.  Nos últimos tempos, redes sociais se tornaram a lixeira do ser humano. Todos os sentimentos ruins estão depositados nas redes, principalmente no que tange a política. Tem dias que se torna nocivo abrir Facebook ou Instagram ou até o Whatsapp de tanto ódio semeado. Acredito que seja, atráves da visão da psicanálise, um ponto de fuga, uma válvula de escape de tanta energia acumulada.  O problema é a forma como está sendo colocada para fora, em forma de agressão ao semelhante. Mas não se engane caro leitor, tem método por trás. O ser humano, por inúmeros fatores, perdeu o sentido de limites. Isso pode ser visto no seio familiar, na conv...

A Decadência da ideia " Manhattan Connection"

 Desde o ínicio de meus estudos e formação de opinião, sempre fui uma pessoa que gosta de valorizar o que temos de essência brasileira e um forte crítico aos "espelhos" que o mundo tenta impôr. Um dos que mais bato, é no campo do jornalismo e o saudosismo americano contido na revista digital semanal Manhattan Connection. Há 27 anos no Grupo Globo, desde a GNT e no fim na Globo News que no último domingo despediu-se. Vou analisar as "benfeitorias" desse programa ao padrão brasileiro. O programa,  é uma revista eletrônica sobre política, economia e comportamento sob uma perspectiva liberal, com informações diversificadas dos principais assuntos da semana, no Brasil e no mundo. Contém um segmento de dicas e práticas de vida a partir de Nova York. Teve vários apresentadores, mas os que estão nos últimos anos são Lucas Mendes, Caio Blinder, Diogo Mainardi, e Ricardo Amorim. Neoliberais de carteira assinada. Defensores das regras de ouro do estado mínimo, pautando tudo a ...

A Esperança em Boulos e Erundina

 Estando a uma semana do 2º turno das eleições municipais, resolvi abrir um parênteses no " detox " de política e analisar o que representa Guilherme Boulos e Luiza Erundina para São Paulo e para o Brasil. A palavra que resume é esperança. Esperança de que há jeito de mudar esse sentimento de ódio por um sentimento de amor. Para se entender o porque de "esperança" analisemos alguns fatores. O primeiro fator é o ódio semeado desde anos antes, mas com força maior em 2018, revestido da roupagem de "revolta contra a esquerda" capitaneada por uma ala conservadora, instruida pelo Olavo de Carvalho, e judicializada pela Operação Lava Jato, que tinha seu maior representante o inútil deputado Jair Messias Bolsonaro, que culminou a aversão da famosa ala "comunista" do Brasil. Cansei de ouvir nossa bandeira não é vermelha e tantas outras atrocidades, sem mesmo pensar no que podia acontecer. E aconteceu. Elegeram seu progenitor, Jair Bolsonaro e com ele um b...

A Sociedade sem Escolas

 Continuando nos assuntos voltados a Filosofia, hoje escreveremos sobre a Educação, com base em um célebre livro do filósofo e pensador desconstrutivista Ivan Illich chamado Sociedade sem Escolas ou desescolarizada.  Nesta obra, Illich ataca a forma estruturada das escolas e do ensino, o método tradicional de ensinar, onde o professor emprega conteúdos e os alunos são meros espectadores que assimilam conteúdo. Para o autor, a forma mais ampla de ensino é a autoaprendizagem, aliada a relações informais, mais amplas e livres. No atacar as instituições escolas, Ivan Illich tenta mostrar uma sociedade menos padronizada, criadora de pessoas "fazedores de coisas", robôs domesticados em favor de algo maior. A mudança, ou ruptura deste sistema se dá pela educação.  O livro traz propostas de mudanças nas estruturas de ensino a partir das " Redes de Aprendizagem" evoluidas e tecnológicas, muito a frente do seu tempo. O pensador salienta ainda, que a forma de autoeducação é  u...

O inconsciente coletivo

 Com alegria volto a escrever sobre Filosofia e Psicologia. Fazer um " Detox " de política. É  um bem necessário. A gente precisa parar,olhar e refletir.  Por isso escreverei mais sobre Filosofia e cotidiano nos próximos textos do que sobre política.  Na sociedade que vivenciamos, vemos o processo do inconsciente coletivo muito presente. Essa teoria é do psicólogo analítico Carl Gustav Jutng se torna cada vez mais presente e pavimentada em nosso meio. Segundo o conceito, é a camada mais profunda da Psiquê. É constituido pelos materiais que foram herdados, e é nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos.  É no inconsciente coletivo que o ser humano tem as percepções das coisas, ja incutidas que determinam o comportamento. Isso chama-se de arquétipos. Eles, moldam nossa psiquê. São as impressões que temos durante a vida que de tempo em tempo voltam com mais intensidade. É um pensamento baseado na te...

A incoerência do voto consciente

 Neste domingo, o povo brasileiro mais uma vez vai para as urnas escolher os seus representantes locais, os prefeitos e vereadores. Nesta reflexão, abordarei uma frase muito usada nos últimos dias de campanha mas pouco compreendida que é o " voto consciente". Todo o processo eleitoral é uma disputa pelos cargos que são oferecidos. Em nosso país, por inúmeros fatores, o processo de voto é permeado por situações das mais diferentes vertentes. O povo brasileiro em sua maioria, ainda não compreendeu a função do voto. O quanto votar é um ato de defender seu país e a democracia que temos. A eleição é a oxigenação do processo democrático. Escolher seu representante que ficará um período no cargo é dizer que você concorda com o processo democrático e ajuda a mantê-lo. Usei a frase que é incoerente dizer para votar consciente, porque na minha opinião todos votam conscientes, o que nem sempre é de boa índole é a motivação pelo voto. Escuto neste período de tudo: vou votar no fulano por...

Um Democrata na Casa Branca

 Depois de intermináveis dias de contagem de votos da eleição dos EUA (ainda estão contando) já há um desfecho: o ex senador e ex vice- presidente Joe Biden do partido democrata é um 46º presidente dos Estados Unidos da América. Neste texto abordaremos algumas possíveis mudanças de atitude do chefe maior dos EUA e as implicações ao nosso governo e nosso país. Primeiramente, Biden tem um discurso de coalizão. Uma fala de união. Reestruturar o país a partir do pensamento único, destruido pelos exageros de Trump. Como um bom democrata, tentara ser cortês, sem perder o foco dos interesses de seu país, não os seus próprios interesses e opiniões, como era o caso de seu antecessor. No ademais, espero um governo diferente dos americanos, um tanto antagônico a Donald Trump e diferente de seus companheiros democratas que o antecederam como Barack Obama e Bill Clinton. Não podemos esquecer que por serem partidos amplos, no caso dos democratas e republicanos, temos várias vertentes dentro de u...

Biden X Trump é Igual Dória X Bolsonaro!

 Estamos em um semana quente nos notciários internacionais. A eleição dos EUA mexe com o mundo inteiro, pois é uma potencia economica mundial. O pleito eleitoral dos americanos, em muito regula o que será conosco provavelmente em 2022. A situação eleitoral do EUA na polarização mais assentuada e agressiva de Joe Biden, candidato democrata e o presidente e candidato a reeleição Donald Trump dos republicanos mostra o que é projeção  para nós no Brasil com João Dória Jr, governador de SP do PSDB e o presidente atual, Jair Bolsonaro que a tempos está sem partido, inaugurando um novo modelo político, ser situação e oposição ao mesmo tempo. Mas lembre-se isso é método. Esse clima de ódio é em ambas as disputas. O que se vê é mais do mesmo. O eleitorado está sendo forçado a votar no menos ruim, não no melhor. Se olharmos as duas disputas, os lados muito se assemelham.  Biden e Dória são o mesmo espirito. São democratas, constitucionalistas, porém extremamente conservadores, sem ...

Dia de Finados, dia de silêncio....

 Neste dia 2 de Novembro, é o dia de recordarmos nossos entes, amigos e conhecidos queridos que já partiram. É um dia de oração e silêncio. Oração para que aqueles que morreram estejam e um bom lugar e silêncio para recordar o quietude da alma diante da morte. Para o catolicismo principalmente,  é dia de ir a Santa Missa, rezar no cemitério, levar flores, velas, recordando com carinho aqueles que nos precederam na eternidade, de onde viemos, existimos e um dia haveremos de voltar. Para este dia, escreverei pouco, recordando no silêncio de minha oração todos os falecidos, principalmente neste ano, os vitimados pela COVID-19. Que este dia não seja de tristeza, mas sim de saudade, pois a saudade é o perfume do legado daqueles que já foram. Para este dia, fica o poema " A Morte não é nada" de Santo Agostinho, nos recordando o caminho do Ressurreição. “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu contin...