Nunca antes na História, viu-se em tão poucos anos falar-se tanto em impeachment. Palavra que significa destituição, após uma apuração de um crime político que lesa a esfera pública. Se olharmos o passado, vemos as famosas passeatas do " Fora Collor" em 1992, depois do " Fora Dilma" em 2016. Não estou julgando a materialidade dos casos, mas em si os processos tão próximos na história. Isto é nocivo a República. Isto é método de aos poucos, sutilmente ir esfacelando o Estado brasileiro.
O que se vê hoje, é uma banalização do processo. Tudo é motivo de impeachment. Repito, não estou aqui criticando a materialidade dos processos em si, mas a pavimentação gasta de que tudo é motivo para depor o rei. Sabe-se que para a estrutura democrática ser sadia, necessita ter um mínimo de cuidado para que o governo seja sereno bom e justo para o povo.
Dentro das várias faces dos métodos que utilizam os que maquinam contra o Brasil usando a roupagem de " Patrióticos" está uma total falta de observância aos ditames jurídicos de um processo de destituição de governança. A grande maioria dos que estão ao nosso redor, como o caso do governador de SC, o bombeiro Moisés e do governador do RJ, o juiz Witzel, seguem o processo normal, mas a toque de caixa, numa ânsia de tentar moralizar a política. O legítimo chover no molhado. Um método de jogar um poder da nação contra o outro, como forma de enfraquecer a estrutura.
Neste Brasil, ainda estamos na fase de amadurecimento no que tange a política brasileira. Vive-se em nuvens, nos contos de fada. A realidade por detrás dos fatos ainda é muito dura para quem não tem estrutura para suportar. Neste sentido, é muito melhor jogar fora do que tentar concertar. É muito mais fácil destituir que corrigir.
Que com o passar do tempo, se ainda tivermos tempo, possamos aprender a ser críticos a tantos exemplos da maquinaria do impeachment. Não é moralidade, é desmonte. Não é salvar o Brasil é destrui-lo.
Que o Impeachment seja a última alternativa, não a primeira.
Achei que esse texto faltou algo. Parece que não foi a fundo como o assunto merece. Mas é uma boa provocação para se pensar nas motivações de impeachment. Quais interesses estão servindo a destituição?
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