Nesta Segunda-Feira, recordamos os 198 anos da suposta Independência do Brasil. Não vou aqui questionar os processos históricos da monarquia portuguesa e a revolução conservadora que levou a monarquia brasileira de Dom Pedro I, mas sim nossos tempos e os " grilhões" que nos mantém escravizados, mesmo depois de tanto tempo de " liberdade".
Na atualidade, inúmeras são as falas e atitudes, que fazem com que o momento histórico do Riacho Ipiranga tenha sido em vão. Podemos analisar as subserviências do governo brasileiro atual ao EUA. O presidente Bolsonaro rasga elogios ao governo norte americano como se fosse um exemplo a ser seguido. Aqui cito Gilberto Freyre, no seu mais famoso livro " Casa Grande e Senzala" para exemplificar o sentimento inferiorizado que o brasileiro tem a países de primeiro mundo. Sempre olha para a Casa Grande com olhar de Senzala, reducionismo que é pavimentado pela imprensa e suas sucursais nos " States", monstrando o padrão de vida americano como se fosse o melhor lugar do mundo para se viver, um " Manhattan Connection". Um horror. Um desprezo ao nosso país. Uma forma sutil, covarde e pequena de alguém que deveria representar o país e não vendê-lo aos paises do norte.
Outras atitudes sutis é o desmonte do patrimônio do estado brasileiro. Vemos situações em que não se tem um pingo de respeito pelo que foi conquistado, batalhado e erguido nesse país, em favor de " uns e outros" interesses próprios. Vou citar um caso. Na metade do ano corrente que estamos vivendo, em meio a Pandemia de COVID-19, o governo, através do BB- Banco do Brasil, mais uma vez em atitude um tanto quanto duvidosa, vendeu ao Banco BTG- Pactual, direitos sobre créditos no valor de R$ 2,9 bilhões, recebendo em troca o valor de R$ 371 milhões. Parece piada, mas não é. É método. O desmonte do patrimônio brasileiro é regra do plano odioso da equipe que assumiu esse país, capitaneada pelo banqueiro e especulador financeiro Paulo Guedes. O que ninguém quase sabe, que coincidentemente, o Banco BTG tem como um dos seus sócios majoritários, o próprio Paulo Guedes. É de doer. Mas recordo aqui, que Bolsonaro foi eleito sobre a égide da moralidade. Ta aí a neurose que governa esse país. Repito gente, é método.
Poderia aqui citar inúmeros casos de desmonte do Estado em favor do privado, como a tentativa de privatização da Eletrobrás e os Correios, mas fico com a célebre frase do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles " Vamos aproveitar para passar a boiada". Agora ninguém vê nada, pensam eles. Isso é só o começo. Tem muito mais por vir.
É minha Pátria, não ta fácil viver em tuas terras. Ta dificil ser brasileiro e ver quem nos governa falar de patriotismo e vender o país a preço de banana. É o processo da Esquizofrenia pura. Diria o filósofo Gilles Deleuze e o psicanálista Félix Guattari, é uma esquizofrenia capitalista. O que me indigna é ter sido eleito como " salvador da pátria, e arauto da moralidade" e não passar de um entreguista lustrador de sapatos dos países grandes como EUA.
Neste dia tão significativo para nosso país, penso que a Independência agora não é política. Devemos lutar pela independência de pensamento neste país. Quando nosso povo for critico e pensar que o patrimonio nosso é nosso, grupos politicos como o do presidente atual não serão alçados ao poder. A alienação intelectual, faz com que o colonizado jamais deixe essa condição, sendo sempre subjulgado pelo colonizador.
Neste sentido, repito, dói, mas prefiro tropeçar nas pedras que nas nuvens. A realidade salta aos olhos. Repetir a frase do Hino da Independência ajuda a não se deixar sufocar pelo peso das situações.
" Longe vá, temor servil". Que o grito do Ipiranga, dito a 198 anos não tenha sido em vão. É o que espero.
Independência, para quem? O grito da independência foi o mesmo espetáculo que a facada do Bolsonaro. Armaram o teatro para não sairem desmoralizados pela Inglaterra. Portugal cai fora ou Inglaterra apoiava os revoltosos inconfidentes. Mas continuamos dependente da Inglaterra pela divida adquirida e hoje somos currais de USA.
ResponderExcluirSim, eterna dicotomia da Casa Grande e Senzala, colonizador e colonizado.
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