No inicio da semana falei sobre compromisso do que nós falamos e o que impacta na vida. Neste sentido, hoje não abordarei um tema concreto e forte, mas sim o legado que gostaríamos de deixar quando um dia deste mundo partirmos e o perfume da saudade no coração daqueles que ficarem.
Neste texto, gostaria que cada um fizesse o que os gregos chamam de reminicência, ou seja rememorar, suas atitudes, seu compromisso, e o que está deixando para a eternidade.
Para isto, transcrevo um poema sobre saudade, tradução livre de Miguel Falabella de um poema francês em homenagem a atriz Marcia Cabrita, a eterna Neide Aparecida do Sai de Baixo, que nos deixou em 2017.
O Que Restará de Ti
(It rastreatra de Toi)
O que restará de ti
É tudo aquilo que deste
E não o que guardaste
Nos cofres enferrujados
O que restará de ti
E de teu jardim secreto
É uma flor esquecida
Jamais fenecida
E tudo que deste
Nos outros, florescerá
Pois aquele que perde a vida
Um dia encontrará
O que restará de ti
É tudo que ofereceste
De braços abertos
Numa manhã ensolarada
E tudo que perdeste
Ao longo da jornada
E tudo que sofreste
Nos outros reviverá
Pois aquele que perde a vida
Um dia a encontrará
O que restará de ti
Uma lágrima caída
Um sorriso brotado
Nos olhos do coração
É verdade, o que restará de ti
É o que semeaste, dividiste
Com os que buscam a felicidade
E tudo que semeaste
Nos outros germinará
Pois, aquele que perde a vida
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