" Tenha compromisso com o que você fala, não com que os outros escutam".
Tento abordar em meus textos, características ou condições para que a situação vivencial chegasse ao ponto que estamos. Hoje, abordarei um principio psicanalítico- filosófico que é o relativismo.
Sabe-se que o relativismo tem várias faces. A mais adotada nos meios é a de que os adeptos desta corrente não admitem verdades absolutas, ou que o ser humano alcance verdades objetivas. Penso ser umas das mais nocivas correntes de pensamento, se utilizada de modo inadequado. O processo maquínico que se vive no momento auxilia em muito para a pavimentação desta corrente.
Tentarei ser mais explicito. O que se demonstra, é que não se tem mais compromisso com as situações vivenciais. Tudo é fluido, se liquefaz. Não se constrói alicerces, se destrói o que se tem. É método. Repito o que escrevi alguns textos atrás, um povo sem cultura e que não da valor para a História, não tem identidade, sendo assim facil de manobrar.
Psicanalíticamente falando, o ser humano é imerso numa sociedade projetada para o caos. Não é causadora, mas é causada. É meio para se chegar ao esfacelamento dela mesma. A pessoa, é jogada, a sorte neste meio,sendo agente desse caos gerado. Quando eu não assumo as responsabilidades inerentes a minha vida, sendo negacionista e sem compromisso, estou vivendo nas nuvens, em um mundo paralelo. Portanto, no que toca o ser humano, a falta de compromisso produz no subconsciente o que a psicanálise chama de Esquizofrenia. O negacionismo é produto da esquizofrenia. Prefirir viver num mundo paralelo, a enfrentar com compromisso a realidade vivencial é patológico. O maior problema, não está na patologia do indivíduo, mas sim nas neuroses coletivas. Mas repito, é método, não é natural do ser humano, nem ciclo histórico, é algo causado.
Portanto, visto a partir da sociedade ou do indivíduo, da política ou da psicanálise, esta falta de compromisso com o que se fala é nociva á estrutura posta. Sabe-se que o provocador deste caos não se interessa em estruturas, a não ser para destrui-las. Diria Zygmunt Baumam, é um mundo fluido, líquido, que nada tem de sólido e concreto, e o que ainda resiste ao tempo, é atacado de todos os lados. É um método odioso que leva o ser humano a não ter alicerces e ser jogado a sorte neste mundo. Não vou aqui me ater a exemplos, mas poderiamos ficar só na Pandemia e o negacionismo governamental a estrutura de caos sanitário. É viver em nuvens, não nas pedras. Repito, é método, nada é por acaso.
Se pudesse dar um conselho meu caro eleitor, cuide com o que você fala. Tenha compromisso de vida. O que o receptor escuta, é problema dele. Tenha alicerces que embase suas opiniões, seus discursos. Não replique discursos de terceiros, sem ter a devida certeza que o que o emissor fala é solido. Vamos combater esse relativismo imundo que permeia nossa existência, tentando modificar nossa essência, parafraseando Sartre. Sejamos Resistência profunda a esse mundo que nada se constrói, tudo se destrói.
A Identidade de um povo é o que caracteriza ele, não é relativa, ela é. Lutemos, pois para que jamais seja apagada como se fosse nada.. Vigiaí, pois quem opera este método, não dorme nem cochila...
Na verdade o relativismo filosofico não pode ser colocado como base de uma sociedade desestruturada. Penso que o relativismo tem base firme e sólida.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, mas discordo, se fosse firme e sólido não seria relativo... O que falo no texto é a distorção do relativismo, que ele em si só ja é perigoso, ai usado de maneira sem compromisso se torna nocivo.
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