Pular para o conteúdo principal

A Vacina

 Enfim, no dia de ontem, a ANVISA liberou, em caráter emergencial as vacinas da Sinovac Chinesa em parceria com o Butantan e a da Astra Zêneca Fiocruz. Depois de muito embate político acrescido de negacionismo covarde e após a pressão popular pelo Brasil ser um dos últimos países com os planos de imunização organizados, enfim, temos a vacina. E agora?

O que precisa ser visto como ponto de partida, é o negacionismo frente a pandemia. De nada adianta ser disponibilizado ao povo as vacinas se antes disso, foi feito um massivo programa contra a pandemia, negando a existência dela e pior, tratando vidas humanas com desdém. Há de ser pensar que após tanta propaganda contra as medidas de prevenção, provavelmente muitos dos "adeptos" do negacionismo bolsonarista e olavista não irão tomar a vacina. São genocidas, tanto quanto seus mentores. Tem a oportunidade de evitar desgraça muito maior, mas voluntáriamente estão matando cada vez mais. Esse é o resultado de uma política de estado que leva a morte. Um vazio imenso de quem governa esta nação. Mas como sempre digo e repito é método, sempre há um método por detrás.

Agora que estão liberadas a vacinas, vamos nos ater ao plano de vacinação. Com a pedagogia odiosa do negacionismo, entende-se que se for levado em conta o que foi pregado pelo governo e seu mandatário, a maioria das pessoas não irão se vacinar, mesmo a vacina sendo obrigatória. O que me deixa contente, que a parcela que defende esse caos é pequena comparado ao barulho que fazem. Quem tomou a frente foram os estados como São Paulo, e as prefeituras como Curitiba, sempre a frente do seu tempo, buscando sanar esse problema o mais rápido possível. São os melhores? Dória e Greca que usei de exemplo? Longe disso. Apenas são sensatos na insanidade que paira sobre este país.

Tem-se a vacina, agora basta esperar os próximos capítulos para ver Bolsonaro e sua permanente campanha o que irão fazer. Coisa boa nunca esperei e não espero. Apenas torço que mais nenhum brasileiro morra por inoperância de um governo que trabalha a favor da morte. Nem vou citar o episódio de Manaus e o óxigênio, porque extrapola o sensato e o imaginável. É  genocídio. A história fará pagar cada brasileiro e brasileira que morreu por falta de empatia deste putrecido governo.

A vacina está ai. Desejo que, ordeiramente, sejam imunizados todos os brasileiros, para se evitar que mais famílias chorem suas perdas para esta terrivel doença. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que sobrou da eleição municipal de 2024

 Depois de um tempo afastado daqui, talvez por falta de tempo ou vontade, retomamos nossas reflexões. Passado as eleições municipais de 2024 onde escolheu-se os mandatários e legisladores para os próximos 4 anos é importante fazer um balanço final e quais as projeções para a eleição de 2026, que está logo ali.  O primeiro ponto a se evidenciar é de que o eleitorado majoritariamente reelegeu seus governantes. Nisto clarifica-se um conservadorismo frente à novidade. Se fizermos o recorte das capitais dos 26 estados, 16 obtiveram êxito no pleito. Mostra um recado importante do eleitorado. Se não for algo que impacte, não emplaca.  Outro ponto a se levar em consideração é a consolidação do espectro do chamado "centro" político. O eleitor, ao contrário das eleições de 2018, 2020 e 2022 tentou de certa forma sair um pouco dos extremos. Se olharmos para os dois partidos que saem extremamente vitoriosos nesta eleição, o MDB, este sempre com a base municipalista forte e o novo que...

Donald Trump: A volta dos que não foram

 Depois de um tempo fora dos escritos, por inúmeros motivos ou desmotivos, estamos de volta para mais um ano de análises sobre os fatos que nos cercam. Resolvi começar o ano falando da volta (ou quase) de Donald Trump a Casa Branca. Iria escrever na época da eleição mas resolvi escrever agora com sua posse em 20 de Janeiro de 2025 para mais um mandato como presidente de um dos países mais poderosos do mundo.  Primeiramente, deve-se olhar para os EUA e a condição que se encontra. Foi extremamente importante para a volta dele. Um país que vive uma crise econômica que resultou em uma inflação, algo que o americano não sabia lidar, aliado a um governo desastroso em vários aspectos como foi do democrata John Biden. No fim, com a popularidade extremamente baixa, desde o princípio, sempre teve a sombra de Trump no seu encalço. Este, nunca deixou as trincheiras da eleição. Na derrota em 2020, acusou de sabotagem, ajudou na insurreição do Capitólio e continuou andando o país com sua ag...

Quaresma: Tempo de voltarmos a Deus

 A Quaresma é um tempo litúrgico significativo para os cristãos, marcado por quarenta dias de preparação para a Páscoa. Durante esse período, a Igreja nos convida a refletir sobre nossa vida espiritual, a praticar o jejum, a oração e a caridade, buscando uma reconciliação mais profunda com Deus e com os outros. É um tempo de conversão, de renovação interior, onde somos chamados a voltar nossos corações para Deus e a nos afastar do pecado, como forma de nos preparar para a celebração da Ressurreição de Cristo. As Sagradas Escrituras nos oferecem diversas passagens que nos orientam sobre como viver bem este tempo de conversão. No Livro do Profeta  Joel 2:12 , ele nos exorta: "Agora, ainda é tempo — diz o Senhor —, voltem para mim de todo o coração, com jejum, choro e lamento." Esta passagem nos ensina que o arrependimento e a conversão devem ser sinceros e profundos, não apenas externos, mas envolvendo o coração e a alma. Mas como podemos voltar a Deus? Em primeiro lugar, preci...