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A dinamite Covaxgate. E agora Bolsonaro?

 Sexta- feira foi um divisor de águas. Na CPI da Pandemia,  dois irmãos. Dia atípico, que quase sempre é das audiências públicas decorrentes da comissão. Esta Sexta não. Dois irmãos, Os Miranda. Um, servidor de carreira do Ministério da Saúde, o outro, um deputado do DEM do lado de Bolsonaro. O que tem de relevância? Estremeceram a República com um dos mais graves escândalos de corrupção. De bônus, uma narrativa é derrubada: Bolsonaro não é corrupto. Ao contrário, é sim, e muito. Vejamos. 

A história é a seguinte. O servidor Luiz Ricardo Miranda, concursado, é responsável pelas vistorias das vacinas compradas e entregues. Ele percebe a facilitação e superfaturamento em uma em específico, a Covaxin, advinda da Ìndia. Ademais percebe que para todas as outras, as compras são diretas, do laboratório para o governo, e nessa existe um atravessador: a Precisa Medicamentos. Nesse angu tem caroço. Munido de documentos, ele chega para o irmão, o deputado federal Luiz Miranda, da base do governo bolsonarista que vai ao presidente pedir explicações. Esperando uma resposta condizente com a ilusão que foi pregada, o deputado foi pego de surpresa, ou foi surpreendido com a realidade que saltou aos olhos: A corrupção que sempre esteve na vida do clã bolsonarista. O deputado não é nenhum santo, porque defender Bolsonaro é para poucos, essa inteligência rara, porém, esperava que a atitude fosse de mudança e não foi. Para mim, sempre soube. Não se pode esperar limão de um pé de laranja. Bolsonaro não é e nunca foi trigo limpo. O que ele não imaginava fosse a atitude dos irmãos: Entregar a CPI.

O que aconteceu na sexta feira, foi um dos casos típicos de série da Netflix. Começou a sessão como todas: A tropa de choque do governo obstruindo tudo, tumultuando, coisa que é comum: Fazer fumaça, mudar o foco. Muito bem conduzida pelo Senador Aziz, com seus esteios, Senadores Randolfe e Humberto e com o relator que é a cereja do bolo: Renan Calheiros. Renan virou protagonista por entender o seu papel: De salvar a política brasileira desse lixo que é o bolsonarismo.  Voltando a inquirição, o irmão servidor, muito ponderado, bem firme no propósito de pôr a limpo. O irmão deputado, mais falante, usava frases de efeito e falas fortes. Só não dizia qual era o deputado envolvido na facilitação. Tentou-se de todas as formas, até que, pela voz de uma mulher, e aqui quero dizer o papel das senadoras nessa CPI, sendo louvável, a Senadora Simone Tebet, ele enfim entregou o nome: O deputado escorregadio do Paraná, Ricardo Barros. Enfim, depois de horas de inquirição, e de duras falas e perguntas do Senador Alessandro Vieira, ele enfim já na fala da senadora Simone enfim falou. O lider do governo é o responsável pela maquinária mais perversa que já vi. Aproveitar o sofrimento do povo, povo que o elegeu para roubar. Sim, roubar. Bolsonaro é ladrão. Facilita para sua milicia roubar, com fortes indícios que seus filhos estão envolvidos. Que família linda e unida. Exemplo pro Brasil. Só que não.

A situação se tornou insustentável. O impeachment se torna necessário. O presidente da câmara se prepare para o inferno astral. Deputado Lira não consegue manter de pé esse governo que nunca existiu. Não vai acabar. Vai parar a palhaçada. O Brasil não é para amadores. Não é para jaguaras. A política é para políticos. Esse método ta sendo exposto. Por isso da ira dos que mantinham esse processo. Quando você vê o descontrole do lunático, percebe que algo está fora dos pinos. Isso é bom. A República está se ajustando, se colocando no lugar.

Por incrível que pareça, e pelo ódio de muitos, quem ganha é a Democracia.

Ahh a Democracia, aguente firme! Estamos aqui para te defender.

Essa última Sexta. foi um sextou com s de sem máscaras, não as máscaras de proteção que o Bolsonaro nega, as da cara de pau dele e de quem defende. 

Bolsonaristas, Olavistas, Terraplanistas, Rancho Queimado e trupe, preparem os lenços. Tomem muita Cloroquina para anestesiar. Papai ta indo. É hora de dar tchau. Antes tarde, do que nunca. 

O príncipio da queda. 



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