Voltando a escrever sobre política, não poderia deixar de fazer algumas considerações sobre o escândalo do Ministério da Educação, apelidado de " Bolsolão do MEC". Talvez, seja a cereja do bolo da catástrofe que é o governo do Bolsonaro. Vejamos como isso aconteceu.
Como é uma investigação que está em curso, e cada dia aparece mais situações que incrementam o processo, muito do que escreverei aqui poderá ser corrigido e acrescentado. No centro do escândalo, o ministério que mais tem verbas do governo: A Educação, aparelhado por uma fatia daqueles que ajudaram a eleger esse governo: As Igrejas neopentecostais. Não quero aqui, ser um extremista e dizer que todos são assim, mas quando se tem uma propensão de facilitar para um determinado grupo, arrisca acontecer isso, a começar que o ministro é pastor presbiteriano. Então, o processo era o seguinte: Para se ter os recursos oriundos do MEC para os municipios, os prefeitos deveriam pedir a um intermediário, no caso o famoso pastor Gilmar, amigo de Bolsonaro e de Milton Ribeiro, que negociava a custa de propina, facilitar para x ou y prefeito a verba para a educação dos seus minicipios. Seria cõmico se não fosse trágico. Seria surpresa se não fosse método de corrupção. Mas lembrar que no governo do " Naro" não existe corrupção. Vai vendo Brasil.
O que me espanta foi o aparelhamento dos ministérios para determinados setores da sociedade. Em outras idas, eram aparelhado por partidos da base do governo. Neste, ou são milicos, do centrão fardado, diria o jornalista Octavio Guedes, ou do centrão político; da base ideológica (as víuvas de Olavo de Carvalho) ou das Igrejas. Neste caso, respingou nos pastores. Na verdade, eles arquitetaram o esquema. Quando se olha aqueles que em "nome de Deus" pedem propina, caixinha, e acreditem, pasmem queridos eleitores, Ouro! sim, Ouro como forma de pagamento pela facilitação. Novamente, seria cômico, se não fosse método.
O que me espanta é a inoperância dos órgãos de controle. Para que existe CGU- Controladoria Geral da União, na pessoa do obscuro Wagner Rosário, sim aquele que tumultuou a CPI da Pandemia, onde está o Procurador Geral da República, Augusto Aras, que consegue ser o campeão de engavetamentos de processos a lá Geraldo Brindeiro com FHC. Fica fácil assim. Sem controles, as coisas ficam fáceis, até para pessoas que não fazem parte do ministério ditando regras e cobrando subornos. O Brasil, minha gente, virou a casa da mãe Joana. Cada qual mete o pé na porta e faz o que quer. Mas repito, é metodo, tudo é para ser exatamente assim.
O que me entristece é que a educação no Brasil vai ladeira a baixo. Durante esse desgoverno, iremos para o 4º ministro em 3 anos. Passamos como um raio por Vellez Rodriguez, pelo intragável Weintraub e agora pelo pastor Milton Ribeiro. Cada um tem o que merece, penso eu. Mas, agora, esse último foi o fim. Aparelhar o ministério da educação para seus caprichos e de seus comparsas pastores foi o fim. Vergonha alheia. Mas como disse, tudo em nome de "Deus".
Estamos na Semana Santa. Sei que tem inúmeros católicos que apoiam, e padres que corroboram com esse governo. Olhem para o Cristo. Vejam o que ele propagou enquanto esteve na terra. Não é capricho dos neopentecostais apenas, temos entre nós católicos nossas idiosincrasias e incoerências. Olhem para o Cristo e percebam que para estes que vendem seu país, um dia o Senhor fez um chicote e expulsou os vendilhões do templo. Hoje, os vendilhões em nome Dele, vendem e sepultam nossa educação. Triste demais.
Vejo uma movimentação para mais uma CPI. Tomara que se concretize. Torço por isso. Que se coloque as claras o que se fez com o dinheiro da educação. Que aqueles que se aproveitaram paguem, não importa se é político, pastor ou milico, que sejam julgados.
E para os pastores, além da justiça humana, não esqueçam da justiça divina.
Ela jamais falha.
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