Tempos atrás falei que um dia chegaria a vez de falar sobre estes dois partidos relativamente jovens e que fazem muito barulho: O Novo e o Podemos. Para mim é motivo de brigas internas comigo mesmo, visto a repulsa que criei destes dois. Porém, como um bom democrata e levando em conta a motivação libertadora deste blog, somado ao momento eleitoral que vivemos, falaremos sobre esses dois partidos que se resumem ao título deste texto: O nada dentro do nada.
Primeiramente, devemos fazer uma contextualição histórica sobre estas duas siglas e como nasceram. O Novo nasceu em 2011 e registrado em 2015, basicamente por investidores da Faria Lima junto com banqueiros, como João Amoêdo, Os Sucupira, Pedro Moreira Salles e por ai vai. Seu pensamento é totalmente neoliberal, em detrimento ao Estado, reduzindo ao mínimo, alavancando a iniciativa privada com a roupagem de "Empreendedorismo". Na verdade, é a reunião de quarta feira do Country Club que virou partido político. É o Lions, ou o Rotary que resolveram se meter com a coisa pública, sendo que sempre estiveram na iniciativa privada. Mais uma leva que caiu de paraquedas. Até ai e na sua insignificância tudo bem. O problema está na raiz ideológica neoliberal que disfarça algumas coisas perigosas para o Brasil. O Novo admite alguns filiados controversos, mesmo que diga que em seu estatuto não admite quem tenha pendências judiciais, e etc, porém, admite Marcel Van Hatten, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, que em suas falas e atitudes corrobora com feitos nazistas, sendo supostamente membros de células nazistas ainda existentes no sul do Brasil. Esse é o tipo de gente ilibada que o partido admite. O Novo fala de anti- corrupção, porém admite banqueiros e piratas do sistema financeiro como filiados. Existe mais usupador que os bancos? Só falta o Paulo Guedes se filiar no Novo. A incoerência do partido se vale com as candidaturas presidenciais. Uma lástima. Em 2018 João Amoêdo falava de ajudar pobres com tanta segurança de alguém que nunca ficou sem um real no bolso. É ridículo, um banqueiro querer se meter com política falando de pobres sem ao menos ter visto ou sofrido. Na eleção de 2022, se reuniram no " Country Club" e na hora do poker, escolheram o milionário Luiz Felipe D'Avilla, genro do multimilionário Abilio Diniz. A política para essa gente do Novo é como um Joquey Club, é uma distração, literalmente o nada dentro do nada.
Outra inutilidade mais custosa digamos é o Podemos, que nasceu de algumas fusões de partidos insignificantes e ganhou força mesmo da ideia do senador Álvaro Dias do Paraná, que viu-se sem espaço no PSDB e ajudou a criar mais esse nada no Brasil, para satisfazer seus desejos. Desde o princípio, esse partido me desagrada por sempre estar encostado em pautas sem sentido. Alicerçou-se na picareta e odiosa Operação Lava Jato de Moro e Dallagnol (Moro foi para o partido e saiu, e Dallagnol tudo indica será candidato nele) como forma de mostrar o quanto são a favor do combate a corrupção. Tem suas bases mais fortes no entorno de Álvaro Dias, no Paraná, como a façanha, de todos os senadores do estado serem do mesmo partido. Só o Paraná consegue isso. Por ser um partido disfarçado, sem ideologia, junta tudo o que pode tendo, por incrível que pareça 8 senadores nesta legislatura. Até o senador sem partido, o Reguffe do Distrito Federal ficou no Podemos até esse ano transferindo-se para o União Brasil, outro monstrinho chocado neste Brasil. Eu tenho uma alegoria que ilustra bem o que representa o Podemos para a política: Estamos em um rio sinuoso e lá a frente vê-se uma curva do rio e nela, cheio de folhas e galhos parados. Isso é o Podemos. Uma curva de rio, normalmente para o que não presta mais. Simples de se entender. É outro que representa nada, nenhuma camada da sociedade, nem causa, nem ideologia, nada. Não cumpre nem o requisito de ser um tensor do espectro de centro. Nem isso. É de uma inutilidade sem fim.
O que me preocupa nestes dois partidos é quem vota no individuo e esquece de olhar a sigla que carrega. O Novo tem um governador elitista e conservador que é Romeu Zema em Minas Gerais, estado amplo e cheio de mazelas sociais. Tem um prefeito, o de Joinville em Santa Catarina, maior colégio eleitoral do estado. Eles alimentam nos eleitores a falsa sensação que são a novidade, por não estarem no meio político, mas determinados em seus projetos pessoais. Não se engane, de Novo não tem nada. No Podemos, é escancarado o toma-lá-da-cá que se objetivou em sua criação. Não se tem uma perspectiva, existe um bando ajuntado. Não se tem projeto de país, se tem projeto de poder. Se tem sede de dinheiro para a sobrevivência de cada um. Por isso é um nada e vai continuar sendo uma insignificância, principalmente perpetuando-se como partido através do voto. Não é de menos que Moro casou-se com ele e divorciou-se rapidamente no seu castelo de cartas de ser presidente, e Dallagnol foi para os braços do 19. Não é de menos.
Por fim, se o Novo pode ser representado pelo "Country Club" de mal gosto, o Podemos pode ser caracterizado por um time de futebol prestes a cair para a 2ª divisão, que no desespero aceita qualquer um. Âmbos estão fadados ao fracasso. Política é para políticos, no caso do Novo e Política não é para paraquedistas como no caso do Podemos.
Novo e Podemos?
O nada dentro da coisa nenhuma.
Só o Brasil mesmo....
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