Começamos o ano de 2023. Fora as trágicas perdas tanto do Pelé quanto de Bento XVI que foram em 2022 e adentraram 2023, está sendo depositado um ano de muita esperança e espectativa, principalmente com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva pela terceira vez Presidente do Brasil. Momento ímpar, carregado de simbolismo e significado.
Sobre o momento e o rito da posse, destaco alguns pontos primordiais. Começo com seu discurso conciliatório no Congresso Nacional, como um forma de pacto com os demais poderes, uma forma de reaver o que tinha sido rompido pelos galanteios golpistas do "Naro"; o discurso forte e histórico do presidente do congresso, senador Rodrigo Pacheco- PSD/MG que chamou a atenção a história de Lula e o que ele percebe que o povo espera de seu governo e a imagem marcante de subir a rampa do Palácio do Planalto com representantes do povo brasileiro, desde mulheres, indígenas, deficientes, negros que passaram a faixa ao presidente Lula. Momento simbólico e histórico, que remete quem o reconduziu pela terceira vez ao posto mais alto da república: O povo. Reestrutura o processo e resgata que o poder emana do povo. Na escolha ampla e democrática, foi eleito aquele que mais se assemelhava ao povo, que se identificava com cada mazela sofrida, que em seu discurso no parlatório, chorou a lembrar das pessoas que passam fome, na verdade um humano. O que aconteceu no dia 1, foi o resgate da humanização da presidência da república.
E assim, começa o governo Lula III. Algo mais maduro, com uma frente mais ampla e democrática, como uma coalização de forças que se uniram em prol da democracia, a ver casos como da senadora Simone Tebet, sua adversária no primeiro turno, hoje ministra de planejamento, e Marina Silva, ex- ministra do Meio Ambiente de seu governo que por desafeto ao PT, foi adversária inúmeras vezes hoje, volta compôr a pasta do Meio Ambiente. A história tem seu contornos e traços. Muita coisa foi renunciada para unirmos forças e derrotarmos o pior governo da história recente desse país. Não foi fácil. Reajustar a república não está sendo fácil. A amplitude do Brasil, um país com dimensões continentais, tratando com desprezo pastas essenciais, que foram sufocadas por "superministérios" totalmente inoperantes, fez com que o Brasil retrocedesse em inúmeros aspectos. A retomada de pastas essenciais, como Igualdade Racial, Direitos Humanos, Mulher, Planejamento, Gestão, Fazenda, Integração Nacional. e o maior marco histórico deste período a criação do Ministério dos Povos Originários, para suprir uma dívida histórica com a população indígena, com uma indígena como ministra, a deputada Sônia Guajajara do PSOL. São marcos visíveis de uma mudança de postura, de um arejamento do Planalto. Ver todos os chefes de estado presentes e contentes com a abertura de diálogo do Brasil com o mundo, visto que nestes últimos anos virou "pária" internacional . Nisto, cito a presença de uma frente de presidente e ex-presidentes do Uruguai, com Luiz Lacalle Pou, o atual presidente, de centro-direita, Pepe Mujica, de esquerda e Julio Sanguinetti de centro na posse. Mostra a visão deste governo: Diálogo amplo e aberto com as nações, sem renunciar seus interesses, mas sem se curvar ao caprichos das agendas neoliberais.
Portanto, estou muito intusiasmado com este novo governo. Existe um Lula mudado, mais maduro, pé no chão e existe um PT que amadureceu muito após o golpe da Dilma em 2016. Os mesmos erros enquanto partido, aparentemente, não ocorrerrão mais. O povo, principalmente aquele que mais sofre e o Estado forte voltarão a imperar nesta terra. Não existe nação que prospere sem que o Estado seja forte e o povo seja feliz.
Nos outros governos, seu slogan foi " Fome Zero" em 2002 e " Um País de Todos" em 2006. Neste, visto a gravidade da situação que encontraram e do desmanche que o antigo governo promoveu, o slogan muito bem acertado foi " União e Reconstrução".
Vamos reconstruir o Brasil. Essa frente ampla, feita pela união de pessoas pelo bem da democracia. Não foi fácil, mas estamos ai, vencemos, e agora vamos cuidar do Brasil.
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