Nos últimos tempos retomei com mais afinco minhas leituras de filosofia. Um bom amante de filosofia só tem intimidade com o que ama se lê sobre. Neste universo vasto do saber, um filósofo e psicanalista me chama a atenção que é Jacques Lacan. Já tive a oportunidade de escrever sobre Lacan em outro momento e hoje, falaremos um pouco sobre o papel da linguagem no inconsciente. Alguns textos atrás, falei sobre a disposição do outro no discurso lacaniano. Neste, tenho o dever de mostrar a passagem do pensamento científico da Psiquiatria para um discurso analítico da linguagem. Lacan defende que o inconsciente não é algo inacessessível, ou do mundo das ideias, ou algo biológico como parte integrante do cérebro, mas sim um símbolo. No seu pensamento, fica claro a colocação da linguagem como eixo central do processo psíquico do individuo. O inconsciente não é algo físico, mas é algo abstrato, sendo assim traduzido pela linguagem. Algo complexo, mas de grande valia. Neste sentido, a lingu...
Bem-vindos ao deserto do Real!